Eu sou assim mesmo...
linha indefinida no espaço,
seu reflexo, sua sombra...
Profunda, distante, sensível...
Bastou você chegar para eu ir;
bastou você chegar para eu sair.
Antítese, metáfora,
caminho avesso que tropeça, confunde...
Atraso, um passo atrás,
embriaguêz de corpo e sentidos.
Por que não?
É. Eu sou assim mesmo...
Corda-bamba, noite e dia, ontem e hoje...
Talvez, amanhã...
Projeto e perspectiva;
na contra-mão da vida, arquiteta das palavras...
Ontem, traição;
hoje, a cura.
Amanhã, quem sabe?
Altos e baixos,
Dentro e fora,
cá e lá...
Lua em gêmeos!
É, eu sou assim mesmo!
Márcia Villaça da Rosa.
....................................................................................................In: Menina da Rua (Virgo)-1988.
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ILUSÃO DE ÓPTICA